quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Entrevista com Gabriel Bá e Fábio Moon

 
- O blog de vocês tem uma curiosa apresentação: Fábio (...) gosta de dança de salão e músicas cantadas por mulheres. Gabriel (...) não lê jornal e gosta de estar na companhia dos amigos. Então, como é esta ?seleção natural? das leituras, dos filmes, das músicas no dia a dia de vocês? O que os tem inspirado ultimamente? O que os tem surpreendido? E o que vocês preferem deixar de lado?
Fábio: eu e o Bá temos tantas semelhanças, tantas coisas em comum, que essas diferenças triviais chamam a nossa atenção. E dessas diferenças que trazemos a inspiração, uma inspiração que acaba deixando o outro irmão curioso pelo entusiasmo, e essa curiosidade alimenta a produção.

- Na adaptação de ?O Alienista? para a editora Agir, como aconteceu a transposição do conto para a linguagem dos quadrinhos? O que vocês levaram em consideração para a criação?

Gabriel: muito do conto é narrado, então isso precisou de um trabalho de adaptação que transformasse as narrações do cenário em imagens e as narrações das conversas em diálogos.
F: a história em quadrinhos tem uma dinâmica e um ritmo de leitura diferente da prosa, e as mudanças foram feitas para que o conto funcionasse como uma boa história em quadrinhos, e não só como uma história ilustrada.


- Para vocês, quais as diferenças em se criar quadrinhos impressos e quadrinhos digitais, como a "Sugarshock"?
F: Acho que, por enqua to, o quadrinho digital ainda é um tira gosto para o prato principal que são os quadrinhos impressos. Talvez isso mude, e rápido, mas a qualidade e inventividade ainda predomina na produção em papel, mesmo que o quadrinho onIine carregue em si uma capacidade de distribuição muito maior.


- Para finalizar, no que estão trabalhando e quais ideias vocês mantêm na gaveta, mas que ainda querem ver realizadas?
G: estamos fazendo uma nova adaptação literária. Estamos adaptando "dois Irmãos" do Milton Hatoum para a Companhia das Letras. 
F: as idéias na gaveta, se são realmente boas, um dia saem de lá.

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